Os Estados Unidos estão em meio a uma intensa temporada eleitoral, e a mídia continua a desempenhar um papel fundamental. De acordo com uma previsão publicada pela eMarketer, os gastos com anúncios políticos deste ano serão os mais caros da história do país, com mais de US$ 12 bilhões. Nesse contexto, a publicidade digital exterior (DOOH) está posicionada como um destino atraente para envolver, informar e influenciar eleitores em potencial.

Mas como o DOOH está ganhando terreno nessas eleições? Não há dúvida de que as redes sociais, como o X (antigo Twitter), o TikTok e o Instagram, continuam a ocupar o centro do debate político. No entanto, essa crescente digitalização também está permeando o mundo físico, onde o DOOH se estabeleceu como uma mídia onipresente.

Uma de suas principais vantagens é a capacidade de gerar campanhas hipersegmentadas que repercutem em diferentes grupos demográficos, desde grandes metrópoles até áreas rurais. Essa flexibilidade é tanto em termos de local quanto de horário, permitindo que a mensagem seja adaptada de acordo com o contexto. Um exemplo que vai além do habitual é a transmissão minuto a minuto de um debate sobre o aumento do preço da gasolina, visando aos eleitores enquanto eles abastecem seus carros. Isso é feito por meio de formatos HTML que permitem a criação de modelos com componentes editáveis, facilitando a modificação do conteúdo e a seleção de novos locais à medida que o debate se estende a outros tópicos.

Com a ajuda de formatos HTML, os anunciantes de DOOH criam seu conteúdo usando componentes que podem ser modificados independentemente de acordo com o contexto.

Em segundo lugar, esse crescimento do DOOH também se deve ao inventário saturado e caro da mídia tradicional, como a televisão ou a CTV (TV conectada). Para David Krupp, CEO da Billups, essa situação se intensificou principalmente nos principais estados, com pouquíssimos eleitores decidindo essa eleição. “Acho que os eleitores começam a se cansar quando todos os anúncios disponíveis são para um partido ou um candidato”, diz Krupp.

Um último ponto a ser considerado é a crescente preocupação com as notícias falsas. Os eleitores indecisos, um dos mais difíceis de alcançar, tendem a ignorar a publicidade nas mídias sociais devido à proliferação de desinformação. Em questões delicadas, como eleições ou saúde pública, o setor de publicidade exterior é regido por normas rígidas que exigem maior transparência sobre a origem e o objetivo da mensagem. Isso é complementado pelo fato de que a confiança dos eleitores nas mensagens vistas em OOH é significativamente maior do que na mídia digital e na televisão.

Diante de uma corrida eleitoral mais competitiva, em que cada voto é importante, os anunciantes políticos não podem prescindir de uma mídia como o DOOH, especialmente em estratégias omnicanal. Para os proprietários de mídia, é necessário facilitar a verificação do inventário adequado para fins políticos. Isso facilitará o planejamento de mídia e evitará riscos à segurança da marca ao colocar seu criativo próximo a um conteúdo potencialmente polarizador.